Introdução Oficial[]

"Esse camarada é mais teimoso que o paciente mais difícil, é muito difícil mudar a opinião dele. Mas eu não estou muito preocupado com ele, ele tem seu próprio jeito de pensar, então deve conseguir se virar bem nesse mundo caótico."
- disse Ifa casualmente enquanto abaixava a cabeça para escrever o prontuário.
Em uma tarde quente, um jovem fechou a porta de casa e se virou para se despedir das mudas de vegetais no quintal.
"Boa tarde. Agora vou sair por um tempo, espero que, quando eu voltar, vocês estejam um pouco mais verdes. Forças!"
Não demorou muito, ele voltou com um amigo e, ao passar pela grande árvore na entrada, gentilmente aconselhou o outro.
"As raízes do grande pinheiro andam um pouco espalhadas ultimamente, cuidado para não tropeçar."
Natlan é uma terra mágica, e o bom médico Ifa, que cresceu por aqui, já está acostumado com as esquisitices de Ororon. Ele se lembra de quando essa árvore foi derrubada por uma Alpaca chamada Pequena Pinha, e talvez seja por isso que Ororon a chame de Grande Pinheiro.
Nem é um pinheiro — pensou Ifa, mas não perguntou mais nada.
Como já foi dito, Natlan é uma terra mágica. Ela acolhe todas as criaturas que crescem com facilidade, assim como aquelas cujo crescimento é mais difícil. Tudo tem sua causa, tudo gera seu fruto e tudo tem seu propósito. Os imperfeitos, os astutos, os obstinados... todos irão arder e se fundir às chamas vibrantes do espírito.
Perfil[]
Introdução[]
Um jovem vindo dos Mestres do Vento Noturno, mas que vive nos campos junto com milhares de criaturas vivas.
Descrição do Site Oficial[1]
Personalidade[]
Ororon é um jovem dos Mestres do Vento Noturno. Semelhante à sua mentora, Citlali, Ororon é um estranho único, pois é considerado excêntrico. Ele não apenas adquiriu alguns traços de Citlali, mas também preferiu viver sozinho, longe das terras tribais.
Em sua juventude, Ororon foi abandonado por seus pais biológicos por razões desconhecidas. No entanto, mais tarde foi revelado que ele tem uma constituição única própria — ele tem uma alma "danificada", que é considerada como portadora de más notícias e infortúnio pela tribo. Como tal, Ororon foi condenado ao ostracismo, apesar de ter sido criado pela tribo, o que o deixou questionando o propósito de sua vida. A tribo originalmente pretendia sacrificá-lo para trazer almas perdidas de volta ao Reino da Noite, mas o ritual falhou, deixando-o querendo sacrificar sua vida para ajudar os outros. Isso resultou em ele concordar com o plano de Capitano.
Quando a alma do Khaenri'ahno Guthred tentou lutar pelo controle de seu corpo para servir Capitano, Ororon percebeu que sua vida tinha mais significado do que se pensava originalmente e resolveu causar um impacto mais significativo. Isso resultou em ele ser reconhecido pelos Wayob de sua tribo e admitir que seu apoio inicial ao plano de Capitano era falho.
Aparência[]
Ororon usa o modelo masculino alto. Ele tem pele clara e cabelo azul-marinho com mechas claras. Seus olhos são heterocromáticos, o direito sendo magenta e o esquerdo ciano. Ororon tem asas pretas nas costas e orelhas de animais semelhantes às de um morcego, além de uma marcação azul-escura sob o olho esquerdo e pequenas presas.
História[]
As histórias dos personagens são desbloqueadas conforme o Nível de Amizade com o personagem aumenta.
Informações do Personagem
O território dos Mestres do Vento Noturno está localizado no coração de Natlan, a oeste do Estádio da Chama Sagrada. De longe, vê-se um brilho púrpura no vale.
Os membros dos Mestres do Vento Noturno também deixam uma impressão parecida: profundos, misteriosos, e gostam de falar de maneira enigmática. Raramente aparecem em público, a não ser para aceitar encomendas como curas ou leituras de sorte.
Ororon é uma exceção. Mas isso não significa que ele goste de estar em multidões; ele prefere explorar o exterior. Quanto mais deserto o lugar, mais ele corre para lá, e nem dez Tantakassauros o trariam de volta.
Aqui, "deserto" não é apenas no sentido literal. Qualquer pessoa que já tenha conversado com ele sabe que acompanhar seu pensamento é realmente difícil, um desafio tanto para o talento quanto para o esforço.
No entanto, essa dificuldade não é intencional de Ororon, assim como o motivo de ele fazer muitas coisas e dizer muitas palavras é geralmente muito simples, sem necessidade de interpretação excessiva.
Por exemplo, certa vez, uma pessoa de bom coração passou por sua residência na natureza e, preocupada, perguntou-lhe: "Você mora aqui sozinho... é porque teve algum desentendimento com seu povo na tribo? Precisa de ajuda?"
"Claro que não."
Ororon parou de manipular os cipós floridos, levantou-se e indicou os afídios ao redor, respondendo com seriedade: "Apenas porque esses pequenos adoram este lugar, e eu fico muito feliz em fazer-lhes companhia."
História do Personagem 1
Nv de Amizade. 2
Devido à existência de nomes antigos, os habitantes de Natlan também dão muita importância à questão dos nomes. Influenciado pelo ambiente em que cresceu, Ororon gosta de dar nomes às coisas ao seu redor — seja para as que respiram ou para as que não respiram.
Alguns nomes acompanham essas coisas por toda a vida: as flores murcham, os copos quebram, e seus nomes os acompanham por vidas breves ou longas; mesmo que só tenham utilidade por um minuto, já valeram o que representam.
E há nomes que mudam ao longo do caminho. Não é que o humor de Ororon tenha mudado, mas o dono do nome passou por certas experiências e, naturalmente, passa a precisar de um nome que lhe caiba melhor. Por exemplo, se um Sauriano crescer e engordar demais, você não pode continuar chamando-o de "Papelzinho", certo?
Contudo, ele não se importa muito com o significado dos nomes. Primeiro, porque todos os nomes que ele dá são bem diretos, sendo fácil entender o que significam. Segundo, ele nomeia as coisas apenas para facilitar a referência, sem outro propósito, então não há nomes carregados de sentimentos específicos — para ele, os nomes são valiosos, neutros e iguais, facilitando a comunicação.
Até o próprio nome dele ele trata da mesma forma. A única diferença é que ele realmente não sabe o que o próprio nome significa.
Ororon era o nome escrito no lado interno do seu manto quando ele foi encontrado. Ele consultou alguns livros antigos e perguntou a vários anciãos, mas ninguém conhecia um nome igual, muito menos seu significado.
Será que a avó, por estar com a visão fraca e a escrita no tecido estar borrada, leu errado?
Mas essa pergunta ele só pode fazer a si mesmo, pois, se perguntasse diretamente, ganharia um beliscão da avó.
História do Personagem 2
Nv de Amizade. 3
Os membros dos Mestres do Vento Noturno gostam de usar tecidos para registrar histórias, lendas e acontecimentos históricos. Diferente de um relato direto em palavras, os padrões e linhas formados no tecido são abstratos e conceituais, muitas vezes impregnados das emoções do tecelão.
Em outras palavras, há uma forte presença de recriação nessas obras. Definir o que é o foco, o que é o fundo, o que deve ser destacado e o que deve ser simplificado são decisões que o tecelão precisa ponderar e criar.
A teoria não parece tão complicada, mas é um desafio para Ororon.
Primeiro, ele não quer estabelecer hierarquias. Personagens e fundo, casas e montanhas, todos têm a mesma importância para ele e merecem quantidades iguais de material para a tecelagem. Mesmo uma simples Suculenta de Garra Sauriana ele quer retratar com o mesmo brilho das rugas nos rostos dos anciãos da tribo, destacando o orvalho que brilha na superfície.
Isso leva ao segundo problema: sua paciência para criar tecidos é bastante limitada. Para ser justo, ele acaba retratando a grande árvore da entrada e as sombras das pessoas sob ela com a mesma simplicidade de linhas. Assim, tudo na superfície do tecido fica simplificado, e o produto final já não pode ser chamado de tapeçaria, mas de uma toalha com alguns padrões.
Certas coisas são difíceis de ensinar, especialmente em artes que exigem talento nato. Como Ororon já demonstrou grandes habilidades em outras áreas — como na percepção de almas e na exploração das veias da terra —, os mestres da tribo decidiram deixá-lo desenvolver essa habilidade à sua maneira, como uma atividade extracurricular onde ele poderia se expressar livremente.
Ororon, aproveitando essa liberdade, logo começou a usar papel e tinta em vez de fios e tecido, desenhando rapidamente. Afinal, se tudo podia ser feito com uns poucos traços, por que se dar ao trabalho de tecer? Além disso, os membros dos Mestres do Vento Noturno realmente têm talento para o desenho, e o resultado é que os outros membros da tribo, ao verem as pinturas de Ororon, acreditam que sejam símbolos antigos com bênçãos místicas, exibindo expressões de reverência.
Na verdade, Ororon raramente desenha algo realmente útil. A obra mais significativa e cuidadosa que ele já fez é a placa em frente à clínica de Ifa. Seus traços são fluidos, as cores vibrantes, e...
"Como as asas do Sauriano ferido estavam enfaixadas e pareciam tristes, coloquei mais empenho nelas. Mesmo ocupando pouco espaço na pintura, usei as mesmas tintas e cuidado que usei ao desenhar você."
"Entendido." Ifa olhou nos olhos firmes de Ororon, sentindo uma paz interior. "Nunca vi uma representação minha tão realista. Realmente, muito obrigado, meu querido amigo."
História do Personagem 3
Nv de Amizade. 4 •
Arco-Íris Destinado às Chamas
Aqueles que demonstram afeto sempre recebem afeto em retorno. Ororon ama todas as criaturas da natureza, mas a verdade é que o carinho que ele recebe das pessoas e das coisas ao seu redor não tem nada a ver com esse amor.
— Piada. Não existe tal lógica. A maioria das pessoas trata Ororon com gentileza, mas não por ele amar a natureza.
Uma razão é a compaixão: um bebê abandonado encontrado nas montanhas, sem parentes ou laços, jamais poderia sobreviver sozinho. Ajudá-lo com alguma comida ou roupa não custa nada, e ver uma criança crescer saudável traz uma satisfação ainda maior. Por que não ajudar?
Outra razão é a simpatia pura e simples: Ororon (na maior parte do tempo) é obediente, (geralmente) honesto, quieto e sensato. Ele nunca mostrou interesse por travessuras como subir nos telhados. Ele até aprendeu sozinho a cultivar plantas e criar insetos de mel, sendo capaz de se sustentar. Essas qualidades, raras em um jovem, tornam-no fácil de se gostar.
Por fim, a última razão — e a menos comum — é a culpa. Devido à alma naturalmente incompleta de Ororon, a tribo tentou, quando o encontrou, usar sua condição única para experimentar uma maneira de salvar as veias da terra de Natlan. Feliz ou infelizmente, esse método de sacrificar um indivíduo não funcionou. Isso evitou dilemas éticos, mas deixou alguns anciãos com uma culpa profunda e difícil de expressar.
Ao crescer, Ororon naturalmente soube de tudo — esconder a verdade seria inútil e só traria mais problemas. Ele não guarda ressentimento por isso, pelo contrário, sente-se satisfeito. Afinal, por mais dura que seja a realidade, ele não quer viver numa mentira.
Ele entende claramente as razões pelas quais as pessoas cuidam dele. Seja por compaixão, carinho, culpa, ou uma mistura disso tudo, ele aceita cada gesto de coração aberto.
Segundo Ifa, as relações humanas são extremamente complexas; em vez de gastar energia tentando entender os pensamentos dos outros, é melhor focar nas ações e conclusões. Assim, pode-se evitar muito estresse mental. Já que todos cuidam dele, ele retribui com a mesma gentileza. Sim, as coisas são simples assim.
"Ainda bem que sou veterinário", disse Ifa, gesticulando, "pois se eu fosse médico de humanos, a situação seria muito mais complicada..."
Ifa começou a contar uma longa série de histórias estranhas sobre doenças e pacientes, mas Ororon se distraiu. Estranhas? Alguma poderia ser mais estranha que sua própria situação?
Pensando bem… De certa forma, sou um paciente também, e daqueles incuráveis, refletiu Ororon. E, ao pensar mais um pouco, concluiu que, com suas orelhas incomuns, talvez fosse mais justo se considerar um animal doente? Mas... os humanos são animais?
Chegando a esse ponto, Ororon interrompeu o discurso interminável de Ifa e perguntou: "Se eu adoecer, devo procurar um veterinário?"
Ifa parou de falar e o encarou por um longo momento.
"...Então, tudo o que eu disse agora, você não ouviu nada, certo?"
"Não evite a pergunta que não quer responder. Passar o problema para mim não vai adiantar".
História do Personagem 4
Nv de Amizade. 5 •
Arco-Íris Destinado às Chamas
Se você tiver tanto tempo quanto paciência para vasculhar os textos antigos e os pergaminhos tecidos dos Mestres do Vento Noturno, ficará impressionado com a vasta gama de tópicos que eles cobrem.
Por exemplo, quem gostaria de ler uma série de romances leves de Inazuma que terminou sua publicação há várias centenas de anos?
Ou esta análise de 3.600 formas diferentes de cinzas de papel queimado e suas aplicações proféticas — quem sequer teve o trabalho de compilar isso?
Seja qual for a origem dessas coisas, a verdade um tanto triste é que agora cabe a Ororon lê-las e organizá-las.
A princípio, ele só queria verificar os registros históricos em busca de menções a almas fragmentadas, mas então palavras como "Linhas Ley", "Dama da Noite" e "Espíritos" começaram a aparecer. Logo depois, ele se viu lendo obras de não-ficção, até romances de fantasia; e não demorou muito para que os livros se empilhassem como uma montanha de Cacahuatl. Ororon havia se tornado, essencialmente, um bibliotecário voluntário, completamente submerso em um mar de conhecimento que não tinha absolutamente nada a ver com ele.
"Eu não sou tão curioso assim..." Ororon pensou consigo mesmo, começando a sentir-se um pouco cansado. Mas, por outro lado, ele realmente não tinha mais nada para fazer. E não era como se as longas horas de leitura tivessem sido totalmente infrutíferas.
A explicação mais razoável que ele havia encontrado até então veio, para sua surpresa, em um livro de histórias esfarrapado sobre criaturas místicas. Dizia-se que, durante a Guerra dos Arcontes, em um passado distante, alguns Arcontes experimentaram misturar as linhagens de bestas e humanos. Seu objetivo, na esperança de obter vantagem, era criar guerreiros com poderes que superassem os dos mortais comuns. A maioria dessas tentativas falhou, mas alguns poucos remanescentes imperfeitos sobreviveram, persistindo até os dias atuais.
"Parece plausível o suficiente", Ororon refletiu consigo mesmo. "Mas é só um livro de histórias..."
"...E ainda assim, mesmo sendo apenas um livro de histórias, certamente parece plausível o suficiente."
De um ponto de vista prático, ele sabia que, com sua mente de vinte e poucos anos, jamais descobriria a verdade, por mais que tentasse. Às vezes, você só precisa aceitar suas próprias limitações e ignorância — ou então inventar uma história para se entreter.
No fim das contas, Ororon chegou ao seu limite e simplesmente não aguentava mais ler outra palavra. Ele levou alguns minutos para formular a justificativa mais simples que conseguia conceber:
É como um jogo de quebra-cabeça, ele pensou. Quando você tenta forçar peças que não se encaixam, é inevitável que haja distorção, atrito, até mesmo quebra. E um dia, mais de vinte anos atrás, ele foi essa peça de quebra-cabeça quebrada, aquela que teve o infortúnio de ser jogada sobre a pedra fria e dura.
História do Personagem 5
Nv de Amizade. 6 •
Arco-Íris Destinado às Chamas
Em uma noite amena e silenciosa, ele estava sentado com os membros dos Fatui no acampamento, ouvindo quietamente a conversa deles.
Na verdade, o silêncio era apenas dele e do "Capitão", que se juntou depois. Os soldados não faziam cerimônia, claramente já sabiam de sua colaboração com o oficial deles; embora estivessem apenas jogando conversa fora, eles falavam e riam sem qualquer timidez diante de sua presença. Depois de perguntarem sua idade, alguém até lhe ofereceu uma bebida incolor chamada "Água de Fogo".
Ele experimentou cautelosamente e, em seguida, bebeu tudo de uma vez – pois era assim que os soldados faziam – e foi recompensado com uma calorosa salva de palmas. Por algum motivo, ele se sentiu muito mais leve.
Os soldados ao seu redor falavam sobre questões triviais e, de vez em quando, cantavam canções que todos conheciam. Ororon não tinha muito a acrescentar, então apenas ficou sentado, olhando para a fogueira ou para o céu. O céu parecia tão distante, e as pequenas estrelas pareciam grãos brancos. Até a névoa parecia feita de pequenos grãos... "Névoa Estelar", parecia um bom nome, pensou Ororon sem motivo aparente.
Ele só veio a saber mais tarde que nem todos os grupos dos Fatui eram como aquele. Ele havia conhecido a unidade de elite liderada pelo Primeiro Mensageiro, composta de veteranos com experiência e bom caráter. Mas fora dessa unidade, havia muitos mais jovens que ele, fazendo coisas que o fariam franzir a testa.
Mas naquela noite sem vento, em que era possível ver as estrelas com clareza, ele ainda não tinha sido perturbado por esse tipo de conhecimento. Ele simplesmente esqueceu seus problemas por um breve momento, permitindo-se aproveitar a companhia amigável e uma bebida de sabor peculiar.
Uma noite assim não voltaria a acontecer. Ele já tinha essa sensação, como quando quis tomar outra dose e foi prontamente impedido pelo "Capitão". Embora ele parecesse bem após a primeira dose e mostrasse potencial para segurar mais álcool, havia certas coisas que não deviam ser aprofundadas.
Mas Ororon claramente não era tão obediente. Mais tarde, ele encontrou o soldado que lhe oferecera a bebida e aprendeu o método para destilar o Fogo Líquido caseiro. Se um dia conseguisse produzir uma bebida tão pura que refletisse o céu noturno, ele daria à primeira garrafa o nome de "Névoa Estelar".
Caixa de Lanches
Nv de Amizade. 4
Não era um lanche para pessoas, mas sim um petisco preparado para animais selvagens. De acordo com as preferências de cada animal, eram organizados em uma caixa com divisórias.
A maioria dos animais era bastante inteligente e, segundo as observações de Ororon, a diferença de inteligência entre eles e os humanos não era tão grande quanto muitos imaginavam. Muitos humanos conseguem viver bem apenas porque herdaram o conhecimento dos antepassados, enquanto aqueles que encontram maneiras de sobreviver em ambientes hostis talvez sejam ainda mais incríveis.
Buscar ajuda também é um atalho que os animais aprenderam ao conviver com os humanos. Às vezes, Ororon estava apenas caminhando pela estrada quando sentia de repente um peso nas costas. Se fosse um pouco mais lento para reagir, ganhava algumas marcas de garras de um Esquilo-Voador em sua capa.
Ororon acreditava firmemente que, entre os animais, certamente havia uma rede de comunicação organizada. Os mensageiros entre eles talvez fossem muito mais eficientes que os humanos, pois não só voam e correm pela terra, como também devem conhecer os idiomas de diferentes espécies. Ele não pôde evitar um sorriso ao imaginar cada espécie em Natlan sabendo dizer algo como "Ororon tem coisas gostosas no bolso!"
Por isso, mesmo que tivesse maneiras de afastar esses comensais indesejados, Ororon jamais as usaria. Ser visto como "um dos seus" por animais em qualquer lugar que fosse, não era um privilégio que qualquer um tinha.
Claro, os animais também têm personalidades variadas, então as formas de expressar gratidão eram diversas.
Por exemplo, Ajaw, de Kinich, era bem peculiar. Ele sempre tinha uma atitude de "É meu direito!", mas ao mesmo tempo parecia não conseguir se afastar das pessoas. Ororon geralmente ignorava suas palavras e balançava a comida diante dele, observando os olhos de Achou se moverem atrás dos óculos escuros (Aquelas luzes são os olhos? Devem ser, certo?). Se Achou não dissesse algo gentil a tempo, Kinich o impedia de abrir a boca antes de receber o petisco.
Por outro lado, Cakuku era excelente em elogios. Embora não soubesse muitas palavras humanas, seu entusiasmo era sempre perceptível: "Você é o melhor, cara!"
Visão
Nv de Amizade. 6
Na primeira noite, ele sonhou com uma caverna gelada.
De lado, com as costas voltadas para a entrada, por onde entrava uma pequena quantidade de luz lunar, como um punhado de areia branca. No fundo da caverna, onde nenhum feixe de luz chegava, ouvia-se um som sutil, como se uma névoa negra e densa estivesse viva ali dentro. Gotas d'água caíam do teto em sua mão aberta, com uma sensação pegajosa ao toque.
Havia umidade, e nessa umidade, nutrientes. Ele assentiu com a cabeça; ali, a vida poderia se formar.
Ele despertou naquele instante. Não achou que fosse um sonho bom, mas também não o considerou um pesadelo. Sentiu frio no sonho; seria porque a temperatura caiu durante a noite? Ele pensou que deveria preparar um cobertor mais grosso para a próxima noite.
Então, na segunda noite, ele sonhou com um vento abrasador.
Sua visão era preenchida apenas por colunas de pedra pálida e nuvens com bordas vermelhas. Já que havia nuvens, ele supôs que estivesse nas alturas, mas não conseguia ver o sol, nem havia fogo, embora o ar estivesse insuportavelmente quente, como se fosse derreter sua alma.
Ele não sabia onde estava, mas, inexplicavelmente, parecia saber que ali era o fim. Faltava apenas um passo, apenas mais um...
Ele despertou de repente. Os humanos deveriam buscar o calor, e ele sempre gostou do fogo de Natlan, mas a temperatura no sonho o encheu de medo. Não parecia uma boa decisão, ele sacudiu a cabeça, sem saber se negava o sonho ou a realidade. Talvez, nesta estação, uma manta de lã de alpaca fosse mesmo exagero.
Na terceira e última noite, ele sonhou com um universo negro e um labirinto de espelhos. Nos planos que se entrelaçavam ao redor, ele se deparava com incontáveis reflexos de Ororon.
Ele ouviu uma voz inexistente dizer: "Quando seu reflexo for reproduzido vezes suficientes, talvez você consiga se tornar completo!" Não parecia haver malícia, nem bondade, apenas o tom zombeteiro de um espectador.
Mas como poderia um reflexo mostrar algo que não existe originalmente? E, naquele espaço sombrio, o que exatamente se movia entre os espelhos...
Ele, raramente irritado, gritou: "Se quiser completar a sombra, precisa ao menos ter luz!"
Aparentemente, em sonhos é possível ouvir a própria voz, pois ele acordou com o som de seu próprio grito. Ele não tentou mais explicar os motivos dos sonhos; desculpas como a temperatura ou o cobertor já não serviam. Completamente desperto, ainda sentia um resquício de raiva e um peso incomum no corpo.
Mas o peso sobre ele era leve como nada. O que pressionava seu peito era o olhar supostamente atento de uma divindade.
Cartão de Visita[]
Constelação[]
Vampyrum Spectrum | ||
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![]() Ororon |
![]() |
Significado: Morcego Espectral |
Expressões[]
Expressões | |||
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![]() Ororon |
Arquivo:Personagem Ororon Expressão 1.png |
Arquivo:Personagem Ororon Expressão 2.png |
Arquivo:Personagem Ororon Expressão 3.png |
Missões e Eventos[]
Missões do Arconte[]
- Capítulo V
- Ato II: Pedra Preta Sob Pedra Branca
- Passado e Futuro
- Ato III: Além da Fumaça e dos Espelhos
- Para Onde a Fumaça Vai
- A Luz Tremeluzente se Divide em Dois
- Ato IV: Arco-Íris Destinado às Chamas
- Debaixo da Fonte Sagrada
- Unidos Assistimos ao Pôr-do-sol
- Escuridão Emergente
- O Desespero Engole os Céus
- Ninguém Luta Sozinho
- Um Combustível Chamado "Destino"
- Interlúdio: Todas as Chamas Unidas como Uma
- Pela Mesma Terra
- Ato II: Pedra Preta Sob Pedra Branca
Eventos Dentro do Jogo[]
Participa com falas ociosas, diálogos exclusivos, cutscenes e/ou missões.
Página na Wiki | Nome Oficial do Evento | Versão |
---|---|---|
Pergaminhos de Clarividência Iktomi | Pergaminhos de Clarividência Iktomi | 5.2 |
Rastros do Tesouro Afídio | Rastros do Tesouro Afídio | 5.1 |
Torneio da Glória em Flor | Torneio da Glória em Flor | 5.5 |
Valsa Rodopiante | Valsa Rodopiante | 5.6 |
Missões de Eventos[]
Personagem Teste[]
Eventos que faz parte como Personagem de Teste:
Eventos Web[]
Exceto eventos de apresentação de personagem, coleta e sorteios.
Curiosidades[]
- Ororon usa um Caçador do Beco ascendido em seu Trailer de personagem.
- Ororon é mencionado na descrição da Decoração:
Etimologia[]
- Ororon provavelmente recebeu o nome de Ọlọrun, a divindade suprema na religião iorubá.
- Embora iorubá e maori não sejam relacionados, o nome de Ororon também pode ser parcialmente baseado na palavra maori oro, que significa "ressoar, ecoar, ressoar",[2], já que os morcegos são popularmente conhecidos por seu uso de ecolocalização.
- Sua constelação, Vampyrum Spectrum, é o nome científico do morcego espectral, um tipo de morcego vampiro falso que vive no México, América Central e América do Sul.
- Sua constelação faz referência a diferentes morcegos em diferentes idiomas, incluindo a versão original em chinês. Veja Vampyrum Spectrum para mais informações.
Referências[]
- ↑ Descrição do Site Oficial
- ↑ Te Aka Māori Dictionary: Oro