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Essa página contém spoilers não marcados da história do jogo. Leia por sua conta e risco.

Decarabian, também conhecido como Deus das Tempestades, o Senhor da Torre e um dos Reis de Gelo e Geada,[2] foi um deus que viveu há mais de 2600 anos e fundou a nação de Mondstadt. Ele protegia com unhas e dentes sua capital, localizada hoje na Toca de Stormterror, e a cercou com uma barreira de tempestade após Andrius declarar guerra contra ele.[3]

Decarabian era metódico com a organização de sua cidade e, para ele, seu governo era bom. Ele não percebia que seu povo não estava vivendo feliz dentro da prisão de ventos e que queriam mais contato com o mundo do lado de fora da barreira. O povo o enxergava como um tirano e eventualmente se rebelaram contra ele, buscando a liberdade, e trazendo um fim ao seu reino. Com sua morte nas mãos dos rebeldes e com o sacrifício voluntário de Andrius,[4][5] o espírito sem nome do vento aliado da causa rebelde ascendeu à divindade, tornando-se Barbatos, o Arconte Anemo.[6]

História[]

Senhor da Torre[]

Pouco se sabe sobre a origem de Decarabian ou sua história antes da guerra com Andrius. No ápice de seu governo, seu território se espalhava por toda a área da Montanhas das Coroas e das Terras Altas das Lamentações, com uma grande cidade estabelecida em volta do Jardim de Cecilia.[Nota 2]

Baseado no que restou hoje da arquitetura, a cidade costumava ter saídas para o nordeste e noroeste; a saída nordeste agora está bloqueada por uma montanha, enquanto o canal a noroeste foi barrado, separando-o do resto do rio. Isso sugere que a cidade tinha contato com regiões inexploradas de Teyvat, mas foram fechadas após o início da guerra entre Decarabian e Andrius e a criação da barreira.

A Era dos Reis[]

O conflito entre Andrius e Decarabian foi apenas um dentre muitos que ocorreram durante a Guerra dos Arcontes. Nos livros de história de Mondstadt, esse período da história ficou conhecido como A Era dos Reis, com os dois deuses sendo chamados de Reis de Gelo e Geada.[2] Não se sabe quando a guerra teve início, mas 3000 anos atrás ela já havia começado,[7] o que significa que os dois batalharam por mais de 400 anos antes de a guerra chegar ao fim há 2600 anos.[Nota 3]

Durante a Era dos Reis, a Terra do Vento não passava de um deserto congelado devido aos poderes de Andrius.[8][9][Nota 4] Para proteger sua cidade da nevasca, Decarabian a envolveu em uma barreira de vento que impedia, tanto a entrada, quanto saída dela[10][Nota 5] e era tão forte que nem Andrius, com seu imenso poder, sequer era capaz de arranhá-la[3] Do ponto de vista de Decarabian, ele havia dado ao seu povo um refúgio seguro, livre daquele frio devastador.[6]

Para seu povo, entretanto, ele era um governante cruel e egoísta que os havia trancado dentro da cidade. Decarabian controlava tudo na cidade, até mesmo onde cada cidadão iria morar[1] e até mesmo baniu certos acordes e melodias que pudessem indicar qualquer sinal de resistência.[11] Altamente desconectado de seu povo, Decarabian não parecia agir por maldade, mas apenas não entendia a humanidade e suas necessidades. Para ele, seu povo o amava tanto quanto ele os amava, embora sua compreensão do amor estava longe de ser como as dos humanos. Em uma determinado momento, ele tomou uma humana, Amos, como sua amante.[12] Entretanto, logo ela percebeu que ele não a amava do mesmo jeito que ela amava a ele. Quando olhava para seus súditos lá embaixo da torre e os via curvados, ele acreditava que o estavam saudando, quando na verdade apenas se curvavam devido aos fortes ventos da tempestade que os obrigava.[13]

Rebelião[]

2600 anos atrás, a frustração com o governo de Decarabian fez nascer a semente da resistência. Para não serem vistos pelo deus que tudo controla, as pessoas com desejo da liberdade costumavam se cumprimentar usando a Flor do Vento como um símbolo.[14] Eventualmente, as sementes floresceram e transformaram-se na rebelião. Foi liderada por um grupo determinado a desafiar Decarabian e libertar Mondstadt, que consistia no Bardo Sem Nome, o elfo ou espírito do vento, a antiga amante de Decarabian, Amos, um(a) cavaleiro(a) de identidade desconhecida [Nota 6] e um andarilho, o Guerreiro Ruivo. [11][12][15]

Alguns anos antes da rebelião, o Clã Gunnhildr saiu da cidade por se sentir desiludido com a forma com que Decarabian governava. Por terem dificuldades para sobreviver fora da cidade devido à nevasca e ao frio intenso, as orações de Gunnhildr foram recebidas por um débil espírito do vento, que conseguiu acumular poder suficiente para criar-lhes um abrigo. Com a ajuda que receberam, o clã passou a ter mais fé no espírito e essa fé, em retorno, o fortaleceu mais ainda. Embora esse espírito do vento não tenha sido identificado, acredita-se ser Barbatos.[Nota 7] Quando a rebelião começou, Gunnhildr participou juntamente com seu clã a favor dos rebeldes.[7]

Em algum momento da guerra, provavelmente entre a partida do Clã Gunnhildr e o começo da rebelião, Andrius chegou à conclusão de que a vida em Mondstadt não seria capaz de florescer enquanto seus poderes invocassem as nevascas que assolavam a terra.[4] Combinando isso com o fato de que ele não se achava capaz de ser um governante amoroso que poderia cuidar da humanidade, o que era esperado de um arconte nessa época, ele percebeu que se tornar um arconte estava além de suas capacidades. Andrius, então, escolheu a morte.[5] Sua forma física se dissipou permitindo que seus poderes fluíssem para a terra com a intenção de protegê-la[4] e acabando, finalmente, com as nevascas que assolavam a região.[15] Não se sabe se Decarabian estava ciente da morte de seu maior inimigo ou não, mas a barreira criada por ele ainda estava ativa no início da rebelião.

Os rebeldes venceram e Decarabian finalmente havia sido morto causando uma explosão que destruiria parte de sua torre. Após sua morte, a barreira se dissipou, revelando o céu azul que os rebeldes puderam ver pela primeira vez em suas vidas.[15] Essa vitória, entretanto, veio com um preço: Amos[12] e o Bardo Sem Nome estavam entre aqueles que morreram durante a luta contra o Deus das Tempestades.[6]

Com os dois deuses da região de Mondstadt mortos, o espírito do vento ascendeu à divindade como Barbatos, o Arconte Anemo dos Sete. Barbatos usou seus recém recebidos poderes para tomar a forma do Bardo Sem Nome, para que ele pudesse tocar a Lira como o garoto tocava,[6] e pode ter escolhido o arco como sua arma em memória de Amos. Enquanto Gunnhildr celebrava a ascensão de Barbatos,[7] o Guerreiro Ruivo não estava tão animado com o desenrolar da história e resolveu seguir seu próprio caminho.[14]

Barbatos, com seus ventos, removeu toda a neve e gelo da terra enquanto a remodelava.[16] Ele e seu povo se mudaram para o Lago de Sidra para criar a nova Cidade de Mondstadt, abandonando a antiga cidade de Decarabian.

Legado[]

Quando o reino de Khaenri'ah se preparava para a guerra contra os deuses, eles desenvolveram o Cultivador da Terra, um protótipo de Guarda da Ruína com grande poder de combate. O Cultivador da Terra entrou em combate com a forma espiritual de Andrius, onde foi severamente danificado pelo Rei dos Lobos e fugiu para a antiga cidade de Mondstadt. Lá, ele fez da torre de Decarabian seu abrigo, onde, por aproximadamente um ano, ele atacava todos que se aproximavam da área. A população de Mondstadt da época, assustada com os mísseis da criatura e sem entender sua tecnologia, acreditou que tudo isso era obra de Decarabian, dando a estes incidentes o nome de "Fúria do Tirano". Após acabar as baterias do Cultivador e cessar seus ataques, a população chegou à conclusão de que os ataques de fogo não poderiam ser obra do Deus das Tempestades.[17]

Quinhentos anos atrás, após ser gravemente ferido e envenenado pelo Dragão Durin, Dvalin fez da torre de Decarabian sua toca, enquanto procurava abrigo para se recuperar. Quando Dvalin acordou e percebeu que Mondstadt havia esquecido dele e o temia, combinado com a dor causada pelo veneno, ele foi manipulado pela Ordem do Abismo a pensar que Barbatos e Mondstadt o haviam traído. A população lhe deu o nome de Stormterror (Tempestade do Terror) devido ao medo que sentiam de seus ataques à Mondstadt e a antiga cidade de Mondstadt ficou conhecida como a "Toca de Stormterror".

Durante os eventos do Prólogo das Missões do Arconte, o Viajante, Venti, Diluc e Jean partiram para a Toca de Stormterror para quebrar os selos do vento criados pela Ordem do Abismo para que pudessem libertar Dvalin do controle mental.

Curiosidades[]

  • Existem indícios de que Decarabian, assim como Andrius, está relacionado com a história das três luas irmãs[18] que viveram em tempos antigos, e também pode estar relacionado ao Abismo:
    • O nome de sua cidade, Mondstadt, significa "Cidade da Lua" em alemão.
    • O topo da torre de Decarabian lembra um observatório, usado para observar o céu.

Histórico de Mudanças[]

Lançado na Versão 1.0

Notas[]

  1. Devido a um erro de tradução, Decarabian é chamado de Arconte Anemo mesmo sem nunca ter pertencido aos Sete
  2. A arquitetura de sua cidade apresenta motivos decorativos triangulares (artes plásticas), margents (arranjo vertical de flores, folhas ou vinhas suspensas) e cercelée (uma variação de cruz celta).
  3. Se os fundadores de Sal Vindagnyr estavam fugindo desta guerra, de acordo com as Inscrições Antigas que contam que eles buscaram terras longe da neve e de guerras, a guerra já teria começado quando eles encontraram Vindagnyr (hoje Espinha do Dragão). Sal Vindagnyr foi destruída na mesma época que Khaenri'ah estava se estabelecendo. Enquanto isso, Guizhong, que morreu há 3700 anos, coletava máquinas de Khaenri'ah, como Guardas das Ruínas e Caçadores das Ruínas, enquanto estava viva. Com essa informação é possível estimar a idade de Khaenri'ah a um mínimo de 4000 anos e, se a suposição sobre Sal Vindagnyr estiver correta, a Era dos Reis começou muito antes.
  4. O texto original chinês de Cálice do Vento Norte e Alma do Vento do Norte sugere que Andrius não causou as nevascas de propósito, mas elas simplesmente surgiam devido ao seu grande poder. A tradução em português é ambígua, nos dá a entender que ele pode ter feito de propósito ou não.
  5. Embora muitas fontes indiquem que a barreira não permitia entrada ou saída da cidade, de acordo com a Biografia de Gunnhildr, o Clã Gunnhildr de alguma forma conseguiu sair depois que o pai de Gunnhildr, o líder do clã, se sentiu insatisfeito com o governo de Decarabian
  6. Acredita-se que este cavaleiro, na verdade cavaleira, era Gunnhildr, pois é dito em sua biografia que o clã participou da guerra.
  7. De acordo com a terceira História de Venti, no começo ele era tão fraco que nem conseguia manter uma forma física, mas no início da rebelião, ele já era capaz de manter essa forma. Isso indica que seu poder aumentou com o passar o do tempo.

Referências[]

  1. 1,0 1,1 Guia Turístico de Teyvat: Mondstadt
  2. 2,0 2,1 História dos Reis e Clãs - Prólogo
  3. 3,0 3,1 Descrição de Fragmentos Épicos da Decarabia
  4. 4,0 4,1 4,2 Descrição da Alma do Vento do Norte
  5. 5,0 5,1 Descrição da Nostalgia do Lobo Boreal
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 Venti, História 4
  7. 7,0 7,1 7,2 Biografia de Gunnhildr
  8. Descrição de Cálice do Vento Norte
  9. Descrição de Alma do Vento do Norte
  10. Venti, História do Personagem 3
  11. 11,0 11,1 Descrição de Canção dos Pinhos
  12. 12,0 12,1 12,2 Descrição de Arco de Amos
  13. Descrição de Pedaços de Sonho da Decarabian
  14. 14,0 14,1 Descrição de Ode à Brisa Florescente
  15. 15,0 15,1 15,2 The Boy and the Whirlwind
  16. História do evento Estrelas que Não Voltam, ato IV: Onde as Estrelas Antigas se Alinham
  17. Missões do Arconte, Capítulo I, Ato IV, Parte 3: Julgamento sem Honra
  18. Bosque de Bambu à Luz da Lua - Vol III

Navegação[]

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